O The Economist Intelligence Unit (EIU, na sigla inglês) é uma empresa independente dentro do grupo The Economist que presta serviços de previsão e consultoria por meio de pesquisa e análise.
O índice se concentra em 50 cidades (veja abaixo todas as pesquisadas), selecionadas com base em fatores como representação regional e disponibilidade de dados. Por isso, não deve ser considerado uma lista completa das cidades mais seguras do mundo.
Ainda assim, é um bom indicador de como anda a segurança nas maiores cidades do planeta. Veja o top 10 das mais seguras:
- Tóquio (Japão);
- Singapura (Cidade-estado);
- Osaka (Japão);
- Estocolmo (Suécia);
- Amsterdam (Holanda);
- Sydney (Austrália);
- Zurique (Suíça);
- Toronto (Canadá);
- Melbourne (Austrália);
- Nova York (EUA);
Metodologia
As cidades inclusas no estudo, foram, por região:
América do Norte: Toronto, Nova York, São Francisco, Montreal, Chicago, Los Angeles, Washington.
América Central e do Sul: Santiago, Buenos Aires, Lima, Rio de Janeiro, São Paulo, Cidade do México.
Europa: Estocolmo, Amsterdam, Zurique, Barcelona, Londres, Frankfurt, Madrid, Bruxelas, Paris, Milão, Roma, Istambul, Moscou.
Oriente Médio e África: Abu Dhabi, Doha, Cidade do Kuwait, Riade, Johanesburgo, Teerã.
Ásia-Pacífico: Tóquio, Singapura, Osaka, Sydney, Melbourne, Hong Kong, Taipei, Seoul, Xangai, Shenzhen, Tianjin, Pequim, Guangzhou, Bangkok, Délhi, Mumbai, Ho Chi Minh, Jakarta.
As cidades foram analisadas em quatro categorias principais:
Segurança digital: roubo de identidade, privacidade online;
Segurança da saúde: meio ambiente, qualidade do ar e da água;
Segurança de infraestrutura: edifícios, estradas, pontes;
Segurança pessoal: crime, violência.
A EIU também consultou pesquisadores e especialistas para analisar os dados, e levou em conta entrevistas e informações de fontes como a Organização Mundial de Saúde.
O Brasil no ranking
As duas cidades brasileiras incluídas no estudo ficaram na metade inferior da tabela. O Rio de Janeiro aparece na 35ª posição, e São Paulo na 40ª.
Em geral, nossos vizinhos se saíram melhor. Santiago aparece em 28º, Buenos Aires em 31º e Lima em 33º. Só a Cidade do México (considerada América Central pelos pesquisadores) ficou para trás, no 45º lugar do ranking.
No ranking por categoria, em segurança digital, São Paulo (39) fica na frente do Rio (40). Em saúde também: 36ª posição versus 38ª posição, bem como em infraestrutura (35ª posição versus 38ª posição). Em segurança pessoal, no entanto, o Rio aparece bem na frente: na 31ª posição, enquanto São Paulo ficou em 46º, entre as cinco mais violentas e criminosas das grandes cidades analisadas.
A mais segura x a menos segura
A capital japonesa foi de longe a que se saiu melhor entre todas as grandes cidades. Enquanto isso, Jakarta ficou com o último lugar da lista de 50 cidades.
Sem surpresa, o índice sugere uma divisão entre cidades de mercados desenvolvidos, que tendem a ficar na metade superior da lista, e cidades de mercados em desenvolvimento, que aparecem na metade inferior. Cidades asiáticas ricas (Tóquio, Cingapura e Osaka) ocupam as três primeiras posições no índice, enquanto vizinhas mais pobres (Ho Chi Minh e Jacarta) preenchem duas das três últimas posições. Todas as principais cidades do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ficaram na metade inferior também.
Mas vale notar que riqueza não é sinônimo de segurança: todas as cidades do Oriente Médio no índice caem na faixa de renda mais alta, mas apenas uma (Abu Dhabi, em 25º) aparece na metade superior da tabela.
Outra coisa que é importante destacar é que estar estatisticamente seguro não é o mesmo que sentir-se seguro. Das 50 cidades, apenas Zurique e Cidade do México obtiveram a mesma pontuação no índice global como fazem no indicador que mede a percepção de segurança entre os seus cidadãos. De resto, cidadãos dos EUA, por exemplo, tendem a se sentir menos seguros do que deveriam, com base na posição de suas cidades no índice. Os pesquisadores creem que o desafio dos governos é traduzir os progressos em matéria de segurança na mudança da percepção pública.
Nenhum comentário :
Postar um comentário